O que é o mercado de indulgências e como vender mais?

October 12, 2020

O que é o mercado de indulgências e como vender mais?

Você conhece o mercado de indulgências? Trata-se de um nicho em crescimento no Brasil, e que merece atenção de fabricantes e de varejistas para aumentar o faturamento. Ter um espaço no seu comércio para esse tipo de produto pode trazer um bom público para o negócio e elevar os lucros.

Nesse post, vamos explicar o que é esse mercado e como ele pode ser trabalhado, mesmo durante períodos de crise com a ajuda do e-commerce. Se você quer saber mais sobre o assunto, leia o artigo completo!

O que é o mercado de indulgências?

Para entender bem quais são os produtos de indulgência e sua importância para o varejo, vamos começar com a explicação do conceito. O mercado de indulgência pode ser definido como a comercialização de produtos supérfluos, que não são essenciais para a alimentação ou sobrevivência.

Podemos incluir nessa categoria: doces, chocolates, produtos gourmet, vinhos, itens de estética, pratos prontos e semiprontos etc.

Esse nicho de mercado surge como consequência de uma folga no orçamento, que permite ao cliente a compra desses “agrados”. Segundo Faith Popcorn (2011), trata-se de um comportamento coletivo que surge como resposta a uma rotina cada vez mais estressante. Os indivíduos buscam recompensar esse cenário desconfortável com a aquisição de pequenos luxos que tragam um pouco de prazer e conforto.

Quais são as melhores práticas para esse mercado?

Para mostrar algumas das melhores práticas, vamos apresentar estratégias adotadas em diferentes produtos do mercado de indulgência.

Vale citar que além desses itens que relacionamos aqui, outros também ganharam muito espaço no mercado de indulgências, como temperos finos e queijos especiais. Alguns supermercados, como o Carrefour, contam com espaços específicos apenas para esse tipo de produto.

Doces

O consumo de doces enfrenta uma situação de conflito. Há uma enorme preocupação em manter a forma física e preservar a saúde, o que coloca o consumo desses itens em cheque, já que o alto consumo de açúcar é conhecidamente prejudicial.

Ao mesmo tempo, no Brasil cerca de 18% da população brasileira consome doces pelo menos cinco dias por semana.

A solução foi alinhar o prazer provocado por esses produtos às composições voltadas ao bem-estar, com uma presença maior de proteínas e fibras que aumentam a sensação de saciedade. Dentro dessa tendência, vemos a produção de sorvetes com esses nutrientes na Europa e o desenvolvimento de chocolates sem lactose no Brasil.

Hamburguerias artesanais ou gourmet

Produtos de fast food têm uma grande concentração de gordura e nitidamente pouco saudáveis. As hamburguerias mais artesanais, além de trabalharem com menor índice de conservantes por lidarem com um fluxo de produção menor, entregam a percepção de alimentos de mais qualidade e com origem conhecida.

Além disso, muitas trabalham com hambúrgueres vegetarianos e veganos, reduzindo o consumo de carne e de produtos de origem animal, atendendo ao público que se preocupa com essas questões, seja pela alimentação ou por causas ambientais.

Vinhos

O mercado de vinhos teve um grande crescimento nos últimos anos, o que torna importante compreender qual é a tendência e a composição do público desse produto. O Wine Council estima que os Millennials respondem por 40% desse mercado nos Estados Unidos, deixando até mesmo os especialistas confusos sobre o que esse público busca nos produtos.

Os consumidores millennial podem facilmente trocar a bebida por uma opção que seja mais barata e conveniente, por isso, ainda não ficou claro o que realmente atrai essa fatia de consumidor para que o nicho não perca a relevância com os anos.

Além disso, há uma preferência por vinhos veganos e que venham em embalagens alternativas, superando as garrafas com rolhas de cortiça, frágeis e de difícil manuseio. Vemos o crescimento de marcas que trabalham com garrafas menores e até mesmo latas.

Lácteos e snacks salgados

Ainda de acordo com a tendência de buscar opções mais saudáveis ou até mesmo prazerosas de alimentação e consumo, produtos como iogurtes e snacks vêm conquistando um aumento na preferência do consumidor, beneficiando as empresas do segmento.

Nomes como Danone, Grupo Lactalis e PepsiCo vêm apresentando um forte desempenho no ranking global de alimentos embalados, graças à comercialização desses produtos.

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Como o e-commerce pode ajudar nessas vendas?

O surgimento do Coronavírus promoveu uma mudança brusca e urgente nos padrões de consumo. A pandemia ocorreu justamente durante o período de Páscoa, época em que as reuniões de família são comuns e, principalmente, a busca pelos ovos de chocolate.

Observamos todos os anos as lojas lotadas, principalmente na véspera do feriado, para a compra dos itens que caracterizam a comemoração. Porém, uma das principais recomendações de prevenção da doença tem sido a distância mínima, evitando assim as aglomerações.

Para lidar com a nova realidade, algumas lojas e supermercados limitaram o número de clientes concomitantemente no estabelecimento. Diante disso, uma alternativa interessante foi a adesão ao e-commerce, que está crescendo em diversos setores como resposta à necessidade de isolamento social.

A Kopenhagen é um case interessante para apresentarmos ― a empresa apostou em uma campanha 100% digital sem relação direta com a pandemia e seus impactos. As redes sociais da empresa evidenciavam a importância de adiantar os pedidos pelo e-commerce, além da iniciativa “Adoce a vida de alguém” que entregou 2 mil ovos de chocolate para quem doasse sangue no Banco Paulista de Sangue.

Para trabalhar esses produtos via e-commerce, devemos lembrar que ele não está ao alcance dos olhos, nem das mãos do consumidor. Por isso, é indispensável que a plataforma tenha uma descrição bem clara e completa, para que o público saiba exatamente o que vem no produto e consiga fazer a compra de maneira consciente.

Neste post, apresentamos o mercado de indulgências e como melhorar as vendas dos produtos que se encaixam nesse tipo de classificação. Atentar-se a boas práticas nesse sentido auxilia a motivar a compra mesmo em momentos mais controversos com a ajuda do delivery e da tecnologia.

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