Gestão de portfólio: entenda o que é e como fazer

March 18, 2020

Gestão de portfólio: entenda o que é e como fazer

Toda empresa deseja produzir e manter produtos de ponta, mas escolher os projetos certos é uma tarefa complexa. Isso significa que você precisa de ferramentas como a gestão de portfólio. 

Quando implementada de maneira correta, ela permite selecionar objetivamente recursos, gerenciar riscos e maximizar o retorno do investimento no sentido de otimizar a relação valor versus risco e os resultados a longo prazo. 

Para você entender melhor, vamos conceituar gestão de portfólio e falar da importância para o setor administrativo. Mostraremos também como a matriz BCG ajuda nesse processo. Continue a leitura. 

O que é gestão de portfólio?

É uma tática projetada para gerenciar todos os aspectos dos produtos que sua empresa vende. Isso envolve avaliar desempenho, identificar riscos e oportunidades, priorizar produtos de alto valor, otimizar a alocação de recursos em todo o portfólio e equilibrar o mix de produtos.

Por que é importante para o setor administrativo?

Se for trabalhada corretamente, essa prática alinha o portfólio às estratégias de negócios para atingir receita e lucratividade. Quando o processo é usado para orientar lançamentos desde a ideação até o funil de comercialização, a gestão de portfólio também pode levar os produtos que se destacam mais rapidamente ao mercado. 

Além do mais, dá para implementá-la em toda a empresa. Uma solução automatizada divide os silos, fornecendo uma linha de visão sem precedentes em diferentes regiões, marcas e equipes. Dessa forma, auxilia no entendimento sobre o desempenho do produto, a produtividade da equipe, os potenciais obstáculos e a realização contínua da estratégia corporativa, por exemplo. 

Por meio do gerenciamento, poderosos recursos de avaliação, relatórios e painel fornecem total transparência, com análises em tempo real para informar decisões sobre prioridades de produtos e alocação de recursos em vários cenários. 

O trabalho de bordo de todos os tipos é monitorado e gerenciado em equipes, departamentos, unidades de negócios e regiões. Com uma melhor compreensão dos gargalos do pipeline e outras áreas problemáticas, é possível agir de forma proativa e ver resultados imediatos.

Uma solução como essa facilita as melhores práticas administrativas, modelos e fluxos de trabalho visuais do setor para execução de projetos. Tudo isso além de fornecer uma estrutura para analisar portfólios de produtos, incluindo métodos de pontuação, gráficos XY, matriz de compartilhamento de crescimento e outros.

Como a matriz BCG ajuda nesse processo?

A matriz BCG (também conhecida como análise do Boston Consulting Group, matriz Growth-Share, matriz Boston Box ou portfólio de produtos) é uma ferramenta usada na estratégia corporativa para analisar unidades de negócio ou linhas de produto com base em duas variáveis: participação relativa do mercado e taxa de crescimento do mercado. 

Ao combinar ambas, é possível plotar as unidades de negócio de acordo e determinar onde alocar recursos financeiros. O principal objetivo da matriz BCG é, portanto, tomar decisões de investimento em nível corporativo. 

Um exemplo da utilidade do BCG: se a empresa não está desenvolvendo muitos produtos novos, precisa considerar de onde virá a renda no futuro. Nesse caso, a ferramenta revela pontos fracos do portfólio que ameaçam o fluxo de caixa em longo prazo.

Dependendo do desempenho da unidade e da indústria, quatro rótulos de categoria diferentes podem ser atribuídos a cada unidade da matriz BCG: cães, pontos de interrogação, vacas e estrelas. Confira as características que as diferenciam.

Pontos de interrogação

Empreendimentos ou startups geralmente começam como pontos de interrogação. São empresas que operam com baixa participação de mercado em um comércio de alto crescimento e que têm potencial para ganhar visibilidade e se tornar estrelas (líderes de mercado). 

Se bem gerenciados, os pontos de interrogação crescem rapidamente e, portanto, consomem grande quantidade de investimentos em dinheiro. 

Se não conseguirem se tornar estrelas, poderão se degenerar para cães vira-latas quando o crescimento diminuir ao longo dos anos. Os pontos de interrogação devem ser analisados ​​cuidadosamente para determinar se valem o investimento necessário para aumentar a participação de mercado.

Estrelas

São unidades de negócio com uma alta participação de mercado (potencialmente, líderes de mercado) em um setor em rápido crescimento. As estrelas geram grandes quantidades de caixa; no entanto, exigem muitos investimentos para combater os concorrentes e manter a taxa de crescimento. As empresas diversificadas com sucesso devem sempre ter algumas estrelas no portfólio, especialmente para garantir fluxos de caixa futuros a longo prazo. 

Vacas leiteiras

Depois de anos de atuação no setor, o crescimento do mercado pode diminuir, e as receitas, congelar. Nesse estágio, é provável que as estrelas se transformem em vacas de caixa. 

Como essas empresas ainda têm uma grande participação em um mercado maduro, a expectativa é que os lucros e os fluxos de caixa sejam altos. Devido à menor taxa de crescimento, os investimentos necessários também devem ser baixos. 

Portanto, as vacas normalmente geram dinheiro além da quantia necessária para manter os negócios. O excesso de caixa deve ser “ordenhado” para investimentos em outras unidades de negócio (estrelas e pontos de interrogação). É um processo que traz equilíbrio e estabilidade ao portfólio de produtos. 

Cães vira-latas

São consideradas cães as unidades de negócio em um mercado em crescimento lento ou em declínio. Normalmente, geram caixa apenas suficiente para manter a participação no comércio. Portanto, não são tão interessantes para os investidores. Como ainda demandam dinheiro que poderia ser usado em outros projetos com maior potencial, muitas vezes, os cães são esquecidos ou liquidados.

Idealmente, o caminho de um ativo por meio da matriz BCG deve ser lançado em um mercado crescente como um ponto de interrogação e, em seguida, aumentar a participação para se tornar uma estrela em ascensão. À medida que o crescimento do mercado diminui, o ativo mantém a participação para se tornar uma vaca leiteira e, eventualmente, se sua participação cai, um cachorro.

Sendo assim, é importante tomar decisões estratégicas que direcionem os ativos para esse caminho, a fim de maximizar a lucratividade do ciclo de vida. Considerados todos esses fatores, é possível planejar a gestão de portfólio com as aplicações da matriz desde o início até o líder de mercado.

Afinal, como vimos, você precisa manter o equilíbrio entre pontos de interrogação, estrelas e vacas para garantir fluxos de caixa positivos no futuro. Hoje, felizmente existem softwares que facilitam a gestão, automatizam processos e geram dados atualizados com alto índice de confiabilidade. Por isso, não hesite em buscar o melhor.

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